sexta-feira, 27 de março de 2009

A minha ignorância me mata!



Quinta-feira, 19 horas, aula de Introdução ao Pensamento Sociológico. Assunto: O Pensamento Filosófico. Item: Platão.

Professora: Alguém já leu o Mito da Caverna?
Miúcha (em pensamento): Grito da Camélia, que isso, meu Deus?
Coleguinhas levantam a mão
Miúcha (em pensamento): Puta que pariu. Que que é essa merda? Esses 'bundas' todos já leram e eu nem sei o que é isso!
Professora: Coleguinha, tu que já leu, pode explicar para os colegas?
Coleguinha nerd: Posso. É assim: tinham uns homens presos numa caverna...
Miúcha (em pensamento): ah! é o Grito da Caverna, que burra!
Coleguinha nerd: ... daí eles estavam presos e tinha uma fogueira atrás deles. E eles só enxergavam as sombras deles nas paredes e achavam que aquilo era a realidade.
Professora: Que mais? Só isso?
Coleguinha nerd 2: Bla, bla, bla caverna, bla bla bla, fogueira, bla bla bla sombras. Daí um dos que estavam presos conseguiu se libertar e saiu da caverna. Chegando do lado de fora ficou ofuscado com a luz. Depois de um tempo ele começou a ver a realidade. Viu que tinha uma caverna, que ele tava preso. Resolveu voltar para falar pros outros mas eles não acreditaram. E acabaram matando o cara.
Professora: Isso mesmo, vocês explicaram muito bem.
Coleguinha nerd 3: O Conto da Caverna...
Professora: É o Mito
Coleguinha nerd 3: Isso, o Mito...
Miúcha (em pensamento): hum, é o Mito da Caverna, não o Grito da Camélia! Preciso escrever isso no meu blog quando chegar em casa. Quando chegar não vai dar, tem que ser amanhã. Tomara que eu não esqueça... isso foi muito engraçado, embora eu me sinta uma ignorante.
Coleguinha nerd 3: ... com o Mito o Platão quis dar uma alfinetada no Sócrates, era como se o cara que tivesse saído da caverna fosse o Sócrates.
Miúcha (em pensamento): hum! mas não entendi o lance da alfinetada... Eu achava q o Sócrates deveria ser 'o cara' por ter visto a realidade e ainda ter voltado pra falar pros outros. Acho q a coleguinha nerd 3 se expressou mal... ou eu sou muito tosca mesmo. Preciso começar a ler esses troços.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Pára que eu quero descer!



Marasmo. Total. Não há outra palavra para descrever o momento atual. Que mentira! Tem um milhão de palavras para descrever o momento atual: cansaço, preguiça, indisposição, desânimo e como disse Dita Von Clair "desnecessária à existência de todas as gentes". Reação: cogitar a possibilidade de fazer concursos públicos, já que ganhar na mega sena está fora de questão. Assim, se trabalha pouco, ganha muito, tem licença pra qualquer coisa, se faltar não é demitido nem faz diferença nenhuma, se fizer, problema dos outros. Até o site da UFRGS eu vasculhei atrás de opções de dinheiro fácil, leia-se pesquisa.


Hoje eu tenho uma palestra sobre a crise econômica no lugar da aula de sociologia. Meu namorido chegou em casa às 16 horas. Possibilidade de me juntar a ele: 9,9 em 10.


Seria bom se o mundo parasse por uns 45 dias e eu pudesse tirar férias de gente rica, em outro continente, bebendo champagne e comendo croissant de chocolate, sem engordar, lógico.


Sonhar ainda é grátis e não cansa.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sonhos


Meu maior sonho é poder fazer as unhas deitada, para poder dormir um pouquinho. Minha manicure levou exatos 55 minutos para fazer as unhas das minhas duas mãos. Isso poderia se transformar num soninho reparador. Eu seria mais feliz agora.

sábado, 14 de março de 2009

Sou chique, bem!

Pobre, é fogo! Vou te contar. A pessoa colocar uma piscina de prástico na laje, é demais! Demais de bão!

Você, repórter


Olha o que o animalzinho embebedado conseguiu fazer essa madrugada na frete da minha casa!
Plus a mais: O guri mamado já tinha se perdido na Ipiranga e tinha atingido outro carro.
Em off: quem tem pai tem tudo. Papai chegou, mandou o filho pra casa, pediu pra brigada não chamar a eptc pro filho não ir preso.
Ã?: a árvore ficou intacta.
Pior: respingou em nós também, o carro foi pra oficina de guincho.

Pérolas filosóficas


Meu professor de Introdução ao Pensamento Filosófico é algo além de louco. Além de tiques nervosos, de falar com o Deputado da Praça É Nossa, ele repete a mesma palavra três ou quatro vezes seguidas. Salvei essa pérola da última aula:

- Eu não mexo em computador, não sei digitar, meus dedos não têm mira!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Indíos


Ontem tive uma aula sobre índios. Era pra ser uma aula sobre cultura, sobre o que é cultura na visão de um antropólogo, já que a aula é de antropologia. Eu sei o que significa cultura pra mim, mas não foi isso que eu fui 'aprender' na faculdade. Pois isso EU JÁ SEI. Então... a professora não preparou a aula e não leu os textos que ela mesma colocou no xerox. Ela não sabia o que tava falando, então ela partiu pra o que ela sabe: índios. E o nosso primeiro período se seguiu assim: os índios xaxexi isso, os índios xixoxu aquilo. E cadê a CULTURA??? Que decepção. Achei que essa professora fosse ser boa pois ela está num dos núcleos de pesquisa da universidade. Ela deve ser mto boa quando fala sobre os índios. Como não me interessava, não prestei atenção. MARCADORES: PROGRAMA DE ÍNDIO

No segundo período, confirmação da desgraça. Ela pegou o texto de 30 páginas, transformou as 20 primeiras em dois parágrafos: um que ela escreveu no quadro, citado por um colega e outro que ela leu pra nós, que estava grifado no livro dela. Com o resto do texto ela mandou a turma se dividir em grupos, cada grupo escolher um capítulo e fazer um relatório para entregar na aula que vem e ler lá na frente. DECEPÇÃO!

Eu achava, juro, que a faculdade seria a coisa mais legal do mundo. Mas a verdade é que eu tô me sentindo enganada. Quem se salva é a professora de Introdução ao Pensamento Sociológico que fala bem que é uma beleza. Mas eu só tive uma aula com ela, então ela ainda pode cagar tb.

Acompanhe os próximos capítulos.

segunda-feira, 9 de março de 2009

A pergunta é...



...por que os telefones tocam ao mesmo tempo quando tu estás sozinha? Não pode um tocar agora e o outro daqui a 15 minutos? Tem que ser os dois no mesmo segundo?

Geografia Humana e Econômica



Sexta-feira tenho aula de Geografia. Mas não é qualquer geografia, é geografia humana e econômica. Entendeu? Mas a questão é que meu professor é chileño e fala com sotaque embora viva há 12 anos no Brasil. Quando ele entrou, eu achava que era trote. Quando saí da aula, eu tive certeza. Ele fala em SLOW motion, sim, com ênfase no slow. Slow velocidade -5 e com sotaque. O que ele levou 1h e 30min pra dizer poderia ter levado 15 minutos com sotaque e tudo. Pra se referir a nós, não dava pra dizer 'vocês', tinha quer ser:

- vocês, estudantes da ufrgs, essa universidade pública, que significa que vocês não tem que pagar, mas vocês custam para a sociedade e a sociedade somos nós, então esse custo que vocês dão para faculdade é pago por vocês mesmos, através dos impostos.

- vocês, alunos do curso de ciências sociais que podem vir a ser antropólogos ou antropólogas, sociólogos ou sociólogas ou ainda cientistas políticos, vai depender da escolha que vocês farão mais à diante.

Só 'vocês' já seria suficiente, todo mundo ia entender. Depois ele não sabe porquê dos 75 que se inscrevem, só 45 permanecem até o fim do semestre... sono, preguiça e mais sono. Na sexta! Jesus me ajude.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Eu quero uma casa no campo...



Se um dia eu tiver uma casa no campo (preferencialmente pros lados de Gramado e Canela) eu quero que ela seja assim como a dessa foto que a Tok Stok me fez o favor de enviar para o meu email nesta manhã. Definitivamente, eu seria mais feliz se tivesse dinheiro. Quanto mais dinheiro, mais feliz. Olha pra essa foto e diz que não. Diz sem tem coragem!


Minha melhor chance: comprar uma maloca, escrever uma carta pro Luciano Huck e torcer pra ele escolher a minha carta/história e me colocar no Lar Doce Lar.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Felicidade é...



Da série "Felicidade é..."
... fazer uma lista de tarefas para o dia e finalizá-la. Todinha.

Pessoas estranhas


Ontem foi meu segund0 dia de aula. Quer dizer, deveria ser. Chegando na sala de aula, depois de caminhar bastante pra encontrar o prédio e subir três andares de escada, me deparo com um recadinho:

Não haverá aula hoje com o Prof. Brito Velho (HUM01861).
Voltei pra casa decepcionada. Tinha me preparado psicologicamente para aula de Introdução ao Pensamento Filosófico. Até tinha pensado onde estaria meu livrinho da Marilena Chauí.
No mínimo o cara é colorado e foi ao jogo. Ou é louco mesmo.

- * - * - * - * - * - * - * - * - * - *
Meus coleguinhas são algo:
tem a Shakira
um cara do Los Hermanos (pode ser qquer um, atrás de tanta barba e cabelo nem se sabe o que tem)
o Santoro nerd (veio da computação para o curso de sociais !?!) cabelinho compridinho até o ombro, liso e escuro
a filha do militante
a indiana
o com tique nervoso
e também tem um alemão louco. Na nossa rodinha de ontonti a profa perguntou pra ele:
- tu viesse de onde?
- do RU
Esse cara é o MEU HERÓI!

quarta-feira, 4 de março de 2009

1º dia de aula

Ontem foi minha primeira noite de aula. Como qualquer órgão público, ninguém sabia onde era a tal da sala 108. Fui no IFCH mas não era lá embora estivesse escrito na minha matrícula. Enfim achei a sala. Depois de alguns minutos de espera, chega a professora: calça estilo cargo abaixo do joelho, camiseta e aqueles chinelos dos hippies da praça da alfândega. Que que eu queria, né? Ela é legal, fala bem, e gostou de eu estar prestando atenção ao que ela falava. Aí ela pediu pra gente fazer uma redação sobre as férias. Mentira, óbvio. Foi muito pior. Ela pediu pra gente fazer um círculo para nos apresentarmos. Tava indo tão bem... Aí meus coleguinhas (sim, dos 40 que tinham lá, 35 tinham saído do colégio ontem, se tivessem 20 anos era muito) começaram a falar porque escolheram Ciências Sociais como curso. O primeiro, quer era o último da chamada, foi bem:
- Eu não sei bem por que escolhi. Espero conhecer o curso melhor.
Depois disso a coisa só piorou:
- Eu sempre gostei de história e geografia.
- É um curso abrangente
- Minha mãe e minhas tias são professoras de história
- Eu quero colaborar com o mundo, quero fazer a minha parte
- Eu quero entender porque coisas ruins acontecem, porque têm as guerras, a fome
- Eu sempre gostei de debater, discutir
- Não estou interessado em retorno financeiro. Se vier, tudo bem (Prêmio Nobel!!!)
Não via a hora de chegar a minha vez:
- Estou me sentindo um ET. Todos têm uma história, um objetivo. Eu vim parar aqui por pura incompetência e falta de determinação para estudar e passar para Arquitetura, que é o que eu gosto. Depois que saí do colégio, e isso faz muito tempo, eu fiz curso técnico de administração e contabilidade e eu me dava muito bem em Economia, que era uma matéria do curso e minha professora me incentivou a prestar vestibular. Eu tentei e não passei. Então apelei pra onde minha média dava pra entrar. E agora estou aqui.
Certo que a professora não ousou fazer outra pergunta ou comentário e chamou o próximo colega. Ela deve ter sentido pontadas no coração e falta de ar porque, pra ela, esse curso é grandes coisas. Já pra mim singnifica: entrei na bosta da faculdade, até que enfim, tô aqui porque não vai me custar nada, tudo grátis, ou quase tudo. Eu não preciso disso para nada, a não ser para conhecer pessoas novas, assuntos novos e debater um pouco com seres superiores. Parar de emburrecer ainda que eu não vá largar o Big Brother por nada nesse mundo.
Claro que o meu comentário vai me custar muito caro. Quem vai querer fazer trabalho de grupo comigo? Eu não estou engajada em coisa nenhuma, tô ali na flauta e não acho nada de mais esse curso. Alguém me diz o que um sociólogo faz. Ou um antropólogo. Tu já conheceu algum na vida? Tirando o Fernando Henrique, que foi presidente e não foi por causa da sociologia? Hum?? Pois é...
20:25 - Acho que já está bom por hoje, estão todos liberados.

terça-feira, 3 de março de 2009

Vai começar o cha-cha-cha



Hoje começam minhas aulas na facul. Chego no trabalho às 8 da manhã, abro os emails e já tem uma mensagem da minha professora de antropologia Denise (Deniiiiise) lembrando os queridos alunos de que haverá aula hoje, anexando a programação das aulas e mandando a gente se virar porque vai ter um monte de texto e ela vai deixar alguma coisa no xerox se ela tiver a fim e se não tiver, que cada um se vire a biblioteca é ali. No anexo um recadinho: se não forem às minhas aulas vão rodar porque não vou dar presença pra malandro. Minhas aulas serão como torturas medievais, vamos ler em grupo, fazer prova escrita, seminários e trabalho de campo (please, kill me!). Tô quase preferindo o trote.
PS1: Vou comprar um dicionário urgente (ou começar a me drogar antes de ir pra aula. Quero ajuda dos universitários. Chama o Patropi, por favor.): "Súmula da cadeira de Antropologia: Cultura, diversidade e relativismo. Etnocentrismo e alteridade. História do pensamento antropológico. A perspectiva evolucionista, culturalista e funcionalista. A observação participante." hum??
PS2: Por que ninguém me proibiu de escolher esse curso??
PS3: Aposto que essa é aquela professora que não quis aceitar minha carteira de motorista como documento de identidade.
PS4: Ela mandou o email às 23:08hs de ontem. Eu tava bebendo cerveja depois de jogar 1 hora e meia de vôlei.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pra começo de conversa

Esse blog substitui o anterior de endereço http://miuchaschutz.spaces.live.com/ com mais sucesso, assim espero. Visitas são bem vindas, mais ainda se vierem com comentários. A partir desse momento, o blog anterior não existe mais. Quer dizer, existe mas não será atualizado. O objetivo desse novo blog é falar sobre a minha "nova" vida, a de estudante do curso de ciências sociais da UFRGS somada a de empresária e dona-de-casa além das outras atribuições que me cabem: filha de pais separados, irmã mais velha, companheira/namorida, prima, sobrinha, afilhada, moça de família, nora, amiga, colega, confidente, conselheira, resolvedora de problemas alheios, fã de seriados, super-fã de House, adoradora de arquitetura/decoração, invetora/projetista de móveis de mdf, devoradora de revistas, torcedora do colorado, louca por doces e mais algumas coisinhas que vão aparecendo no caminho.